CANARINHO
Quando pequeno tinha um canarinho,
Que da sua gaiola cantava,
Ressoava na mata e seu eco voltava.
Era meu parceiro ao pinho.
Um dia, de repente, veio uma canarinha,
E tamborilava na gaiola, os dois festejavam.
Notei, porém, sua
tristeza, sem a passarinha,
Foi retumbante como definhava, os dias passavam.
Percebi, já não mais cantava com alegria.
Tudo pelo amor, imenso amor a canarinha.
Emudeceu meu parceiro, acabou a cantoria.
Não suportei sua dor, da gaiola abri a portinha.
Voltou sua alegria, voltou a cantoria, foi uma folia;
A mata ficou em festa, os gorjeios enebriava.
O canarinho seguiu seu destino e quem amava,
Eu consolei na viola a saudade, segui a romaria.
Autor: Marlon Lelis de Oliveira
Guarulhos, 17 agosto 2013
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