terça-feira, 9 de julho de 2013

OUÇA ATENTO

OUÇA ATENTO
 
Se fizer silêncio
Ouça atento
Cada som do estio
 
Nele há sentido
Ouça atento
Cada fonema contido
 
Haverá sempre algo
Ouça atento
Cada revelar-se fidalgo
 
Nele trás o Todo
Ouça atento
A letra e o incomodo
 
Preste-lhe atenção
Ouça tento
Ouvirá Deus no coração.
 
 
Autor: Marlon Lelis de Oliveira
Guarulhos, 08 de janeiro de 2011

SENTIR

SENTIR
 
O que sente o poeta
Nada sente
A não ser o que sente
Quem sente o poeta
 
Por isso sempre há a musa
Que inspira
O verso que o poeta transpira
E dela com efeito usa
 
Pudera o poeta algo sentir
Mas mente
O que versa é letra somente
E assim não precisa fingir
 
           (...)
 
O que sente o poeta
 
Autor: Marlon Lelis de Oliveira
Guarulhos, 03 de janeira de 2011

UMA LINHA

UMA LINHA
 
O modo que se lida com a realidade diz da ilusão da mente
O devir metafísico daquela que habita o inconsciente
Cada estame desta ôntica verdade traz o-ser-que-sente
Fugaz existência do poeta que nela realiza-o demente
Como harpia do agouro da vida e, da morte nascente
Jaz qual emblema corpóreo: eis aqui a lapide poente.
Pudera ir além monte, galgar outro e mais outro fluente
Buscando apenas a verdade se ela é de fato um ente
Pois que vale ao poeta se a filosofia lhe mente      
Restar-lhe-á o que? Só a ilusão da mente!
 
 
Autor: Marlon Lelis de Oliveira
Guarulhos, 02 de Janeiro de 2011
 

ESTE AMOR QUE SINTO

ESTE AMOR QUE SINTO
 
Este amor que sinto       
Vibra o peito,
Ebole sincopado
Cada fibra cordia,
E sem controle
Deixa ao sôfrego
Poeta, verso e rima.
Pudera Deus
Adentrar ao céu,
Cerúleo manto,
Deste ágape
Que suplico,
Daí-me este cálice?!
E sorvo as frames
Gotículas sobradas
Deste amor que sinto.
 
 
Autor: Marlon Lelis de Oliveira
Guarulhos, 17 de dezembro de 2010
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TE VER É INSENSATO

Te ver é insensato
 
Te ver é insensato, é intangível
Como urgir a trompa de Sião
Fá-lo por desejo irresistível
Algo qual bálsamo ao coração.
 
Como conter tal apostasia
Se tudo que ainda sobra é ar
Restículos do que foi um dia
Aquele pulsar desejo de amar     
 
Talvez nossa música ainda se ouça
É como ver o mar à primeira vez
Sempre um átimo para a moça
Que fez todo azul aos olhos e a tez
 
Resta por certo a vetera magia
E o receio de ver e, de novo amar
Rompe deste peito em fatia
O sonho se não há o que esperar
 
Te ver é insensato... É  irresistível
Ainda não me acostumei é fato
De ser só sem você, cena e ato
E sigo, poeta, só, à espera crível.
 
 
Autor: Marlon Lelis de Oliveira.
Guarulhos, 13 de dezembro de 2010

RECORDAR!!!

RECORDAR!!!
 
Recordar é sofrer!!!
Viva o tempo de ser
Feliz em cada ato
Sem medo do fato
Seja  sempre você
À escolha da vida
Sem repetir o prato
Afinal a vida é única
E inédita e, sem quê.
Portanto, venha o tempo,
Pandora da vida.
 
Autor: Marlon Lelis de Oliveira
Guarulhos, 15dez 2010

IR [poesia inicial]

IR
[POESIA INICIAL]
 
Até onde pode ir a vida?
Cada escolha traz
Caminhos diversos,
Até onde levará?
 
O caminho mostrará?
O caminhante saberá?
A largada é factível,
A chegada é conhecível.
 
Mas sempre se busca além
E se pergunta até onde ir?
Partir e chegar mesma moeda
Seu valor face-a-face revelará.
 
Sempre há o que ganhar
Basta ao investidor crê
Em cada escolha traz
Até onde a vida pode ir!
 
 
Autor: Marlon Lelis de Oliveira
Guarulhos, 11 de novembro de 2010
 

SÊ ARAUTO: FELIZ NATAL!!!


SÊ ARAUTO: FELIZ NATAL!!!

Hoje antecipa-se o Novo Tempo,
Sobre Belém uma estrela brilha,
Fulgura sobre a humilde choupana.
Só, em panos e palhas; Ele repousa.
Singela a Santa Virgem a tudo vela
Por guardião, o zeloso e fiel, José
Anjos e o gado por testemunhas
Ontem, hoje e sempre...
Sua mensagem irradia,
É Natal, justiça e paz
Os sinos anunciam
O reino esperado
Sê arauto:
FELIZ NATAL!!!


Autor: Marlon Lelis de Oliveira
Guarulhos-SP, 24/12/2008


 

UMA GOTA D´ÁGUA


UMA GOTA D´ÁGUA

 
Uma gota d´água

Num deserto

Uma única gota

Vez a vez

Fará um Oásis

Por certo

A gota chama outra

Gota a gota

O deserto evapora

Uma nuvem faz

E no tempo próprio

A chuva cai

Milhares de gotas

Fará um oásis

Num deserto.

 
Autor: Marlon Lelis de Oliveira

Guarulhos, 07 de agosto 2008.

 

LÉO... LÉO... Ó LÉO... LÉOUUUU*


LÉO... LÉO... Ó LÉO... LÉOUUUU*

 

Léo... Léo... Ó Léo... Léouuuu

Sussurra o vento,

Uma voz, a chamar,

Suavemente,

Uma brisa na verdade.

Silêncio,

A quietude é rompida,

Nasce um menino,

Vem à vida,

Um menino!!!

Léo... Léo... Ó Léo... Léouuuu

Nome forte, de leão

Mineirinho de Itajubá,

Mais um ‘uai’, pra ‘proseá’

“__ Oia seu moço é macho.”

Orgulho do pai,

Paixão da mãe,

‘Fiodi nózzinhorá’, sô.

Uma festança vai tê,

Nasceu o menino!!!

Léo... Léo... Ó Léo... Léouuuu

Cresce o moço

Caminhos conhece, caminha

Encruzilhadas toma, todas,

Perde o rumo, o prumo,

Vai-se a esmo, sem pouso,

No mundo, inocência tida,

No poço desce, fundo, o moço,

Perde-se o tino, o pino.

Cadê o menino? Cadê o menino!!!

Léo... Léo... Ó Léo... Léouuuu

Sussurra o vento,

Uma voz chama,

Intensamente,

Um tufão na verdade.

Vocifera,

A quietude é rompida,

Nasce um homem,

Vem à vida,

Um homem!!!

Léo... Léo... Ó Léo... Léouuuu

“__ Ouve a voz vindo da montanha”

“__ Montes aplainai, campinas virai”,

“__ Minas, Itajubá, vou-me embora”,

“__ Uma voz me chama”

“__ Eis-me aqui Senhor!”

Jeremias em resposta,

Profeta no novo tempo,

Nasce um homem de Deus

Um padre!!!

Léo... Léo... Ó Léo... Léouuuu

Olha com amor, intenso,

O servo sofredor, imenso,

Tantos nas praças, esquinas,

Inquieta-se, não passa,

Sofres a dor, do amor que sofres,

Bethânia, terra prometida,

A cura da agonia, esperança,

Não perde nenhum, inclui-os

Mais um. Um filho, Um irmão!!!

Léo... Léo... Ó Léo... Léouuuu

Sussurra o vento,

Uma voz tênue, a chamar,

Suavemente, persistente,

Um furacão na verdade.

Tonitruante, soa retinta

A quietude é rompida,

Renasce o menino,

Vai à vida, eterna,

Ressurrecto, o menino!!!

Léo... Léo... Ó Léo... Léouuuu

Vencestes, “lutaste o bom combate”,

Hoje é festa, muito lúdica, a festa,

Pedro recebe-o com abraço, raro,

Karol, Teresa, João, Paulo, Jesus...

Vem à casa do pai, à sua morada,

Santos e santas te acolhem,

Anjos tocam e dançam pra ti,

Hoje é festa um filho voltou

Um santo!!!

Léo... Léo... Ó Léo... Léouuuu

Mineirinho de Itajubá,

‘Fiodi nózzinhorá’, sô.

Profeta no novo tempo,

Sua alegria era tanta, imensa,

Na luz resplandeceu a luz,

Um homem de Deus,

Olhai por nós, também,

Padre Leo, conterrâneo,

De certo mais um santo!!!

Léo... Léo... Ó Léo... Léouuuu

Léo... Ó Léo... Léouuuu

Ó Léo... Léouuuu

Léouuuu

 

Autor: Marlon Lelis de Oliveira

Guarulhos, 05 de janeiro de 2007

*Para um irmão de fé, Pe. Léo, SCJ - *09/10/1961 + 04/01/2007

** Reprodução autorizada. Citada a fonte e, com envio de cópia para arquivo.