Te ver é insensato
Te
ver é insensato, é intangível
Como
urgir a trompa de Sião
Fá-lo
por desejo irresistível
Algo
qual bálsamo ao coração.
Como
conter tal apostasia
Se
tudo que ainda sobra é ar
Restículos
do que foi um dia
Aquele pulsar desejo de amar
Talvez nossa música ainda se ouça
É como ver o mar à primeira vez
Sempre um átimo para a moça
Que fez todo azul aos olhos e a tez
Resta por certo a vetera magia
E o receio de ver e, de novo amar
Rompe deste peito em fatia
O sonho se não há o que esperar
Te ver é insensato... É irresistível
Ainda não me acostumei é fato
De ser só sem você, cena e ato
E sigo, poeta, só, à espera crível.
Autor: Marlon Lelis de Oliveira.
Guarulhos, 13 de dezembro de 2010
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